-traduzido para o português por Geraldes de Carvalho (Paginante P710310)-
Hoje é o dia
em que te deixarei ar para respirares
e poderás descansar de mim
deste amor
asfixiante, possessivo
que pretende sujeitar-te
Vou dar-te um sopro de respiração
oferecer-te uma trégua
não quero que penses
obrigatoriamente em mim
Hoje sinto-me como teu verdugo
às vezes trocamos os nossos papéis
ainda que tu não acredites nisso
Sou como uma pedra dependurada no teu pescoço
que quer afundar-te ali
aonde ainda não podes
Mar tempestuoso implacável
que tenta afogar-te, atrair-te
arrastar-te para os seus domínios
Prometo que te salvarei
há uma parte de mim
que é ainda humana...
que resiste à morbidez
Vou a abandonar-te de mim
para ressurgir com mais força
borbulhando no teu sangue
apenas quando o pedires
Quando deixe de ser
ar distante, indiferença
quando já não me doas
quando não tenhas
que suportar-me
mas apenas amar-me
Não quero cortar as tuas asas
não quero amar-te assim
mas isso jamais conseguirei
apenas anseio
que não sintas o meu amor
como uma carga pesada
como um veneno
que confunde a razão
e derrota a vontade
Não te conduzirei por caminhos
que não desejas percorrer
Aliviar-te-ei da minha carga
Amar-te-ei de maneira diferente
sem egoísmo, como tu queres
Sem interferir
assim, em silêncio, calada
predisposta para ti
Amordaçarei a minha boca
para te não falar
atarei as minhas mãos
para te não escrever
Vendarei os meus olhos
para perder os caminhos
que me conduzem a ti
Naufragando na espera
prostrada pela ausência
despida de emoções
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